O jornal inglês Sunday Times, realizou um levantamento com 3 mil entrevistados, onde cada um deles deveria hierarquizar os seus maiores medos. O resultado apontado foi que 41% deles tinha receio de falar em público, seguido por problemas financeiros, com 22%, e 19% medo de doenças e da morte.
Isso é no mínimo intrigante. De onde vem esse medo? Onde e quando percebemos que falar poderia ser um grande problema? Uma pergunta inconveniente que fizemos na infância? Um segredo de família revelado inocentemente? Um relato que desmascarava situações ou pessoas? Algo que se disse a um professor ou outra pessoa com autoridade e que foi rechaçado e nos sentimos ridicularizados? ou simplesmente, medo do ridículo, de errar, de se expor?
O fato é que, em algum momento da nossa vida de estudante ou profissional, temos que nos expor em público. Apresentar estudos, pesquisas, vender um produto ou convencer que somos a melhor candidata para aquela vaga de emprego tão almejada.
Lembro-me da minha própria trajetória profissional. Um dia me deparei com o desafio de falar para grandes plateias e corri para uma amiga que andava a fazer aulas de canto também com o propósito de melhorar a capacidade de falar em público. E o que ela fez comigo foi inesquecível. Devo dizer que essa amiga é uma terapeuta muito competente, e que, numa sessão de hipnose ,me levou a um momento crítico da infância. Mas essa era a ponta do iceberg ou a primeira casca da cebola, havia muitas outras coisas a trabalhar e eu não tinha tempo para resolver todos meus traumas a tempo de preparar minha palestra (muito embora essa agenda tenha ganhado muita importância a partir daí).
Então eu fiz uma formação do tipo "training of trainers" em metodologias participativas. E esse foi o meu caminho de aprendizagem ao longo de muitos anos. Como moderadora de grupos e facilitadora de metodologias participativas eu pude desenvolver várias competências nessa área com a convicção de que esse aprendizado nunca termina. Depois, convivendo com povos indígenas, agricultores e populações de vários países e etnias eu percebi que a comunicação é muito mais do que o que se diz. Mas, foi somente quando me tornei coach que pude perceber o que realmente estava por trás dessa competência de falar em público.
Então eu fiz uma formação do tipo "training of trainers" em metodologias participativas. E esse foi o meu caminho de aprendizagem ao longo de muitos anos. Como moderadora de grupos e facilitadora de metodologias participativas eu pude desenvolver várias competências nessa área com a convicção de que esse aprendizado nunca termina. Depois, convivendo com povos indígenas, agricultores e populações de vários países e etnias eu percebi que a comunicação é muito mais do que o que se diz. Mas, foi somente quando me tornei coach que pude perceber o que realmente estava por trás dessa competência de falar em público.
Pensando nisso, eu e minha parceira de trabalho Erika Gagliardi, sistematizamos algumas pedras que encontramos nos nossos caminhos para falar em público:
- Não conseguir ser eu mesma. Criar um personagem que falava por mim quando tinha que enfrentar uma plateia, porque assim me sentia resguardada.
- Medo de errar. Não me permitia errar e ficava paralisada especialmente quando tinha que falar em outro idioma.
- Incapacidade de me ver e aos demais como aprendizes, sem a convicção de que aprendemos sempre e a cada dia, e que desse lugar eu poderia me comunicar sem parecer incompetente.
- Aversão à vulnerabilidade. A necessidade de estar sempre no controle e no domínio de todas as situações me consumia imensa energia.
- Rigidez emocional, corporal e cognitiva. O corpo sempre foi a minha grande trava e só quando aprendi que o corpo respondia à emoção e vice-versa, e a linguagem mediava essa relação, pude aprender o que é a flexibilidade.
- Esquecer como é dançar ao som de uma música, fluindo com cada momento.
- Autocentramento. A incapacidade de escutar o outro, de criar empatia.
- Desconhecimento sobre a ressonância límbica, um fenômeno que ocorre entre os mamíferos, em que as emoções criam campos de comunicação que vão além das palavras. Desconhecer esse campo e não usá-lo a nosso favor é uma montanha que se interpõem no caminho.
- Não ter tempo para me preparar fisicamente, emocionalmente e intelectualmente. Essa preparação é uma forma de honrar a plateia e a minha própria trajetória profissional e de vida.
- Esquecer de respirar e de me conectar com a minha grande oferta. Respirar é fluir, é estar vivo e atento ao que cada um tem de único e especial. Essa é a oferta mais sedutora que pode existir.
A partir dessas aprendizagens construídas em uma trajetória profissional de mais de 20 anos, construimos um programa de formação que busca encurtar caminhos, evitar sofrimentos desnecessários e apoiar a construção de planos de aprendizagens para trajetórias profissionais, relacionais e pessoais bem sucedidas.
Oferecemos essa formação do centro do coração, em profunda gratidão por tudo que temos recebido nos nossos processos de aprendizagens.
Quem somos?
Denise Lima, Economista e Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Consultora da cooperação internacional e Coach Ontológica, com 20 anos de experiência em comunicação intercultural e aprendizagem vivencial.